Formação dos nossos jovens, o princípio da equidade e da igualdade de oportunidades.
Jorge Gama ,
treinador da Equipa "B" (Sub-15) do Clube Desportivo da Póvoa-vem por este meio, junto de Vª Exª e dos demais Clubes envolvidos no Campeonato Distrital da 2ª Divisão, expor o seguinte:
1- Iniciei esta época, não um percurso, mas o inicio formativo como treinador na Vª Associação, através do honroso convite endereçado pelo C.D.P.como treinador da sua equipa "B" Cadetes Masculinos.
2- Foi-me consignado pelo Clube um "OBJECTIVO" e uma "TAREFA" ou seja aumentar capacidades e competências dos atletas mais jovens do escalão e disputar o Campeonato Distrital da 2ª Divisão.
3- Os meus 30 anos ao serviço do Basquetebol ( jogador, árbitro,dirigente,treinador...)e o facto de ser pai de um atleta à cerca de 15 anos praticante de outra modalidade,sinto-me com capacidade para fazer uma análise livre e isenta do modelo competitivo do Campeonato Distrital da 2ª Divisão.
4-Em face dos três pontos anteriores,cumpre-me constatar que tal competição se encontra gravemente ferida de um principio fundamental na formação de jovens ( e não só).Refiro-me à EQUIDADE competitiva ou seja à igualdade de oportunidade à partida independentemente da proveniência.Em concreto, não consigo entender porque razão numa competição neste momento a 18 equipas só 6 delas podem aspirar à partida à ilusão de serem campeãs ( como diz o poeta ... " o sonho comanda a vida...").Por analogia questiono que pensaria Vª Exª, se assistisse a uma competição por exemplo de ténis de mesa em que determinado grupo de atletas, só pudessem aspirar a disputar até os quarto de final ou se só pudessem competir do 8º lugar para baixo na classificação, ou então numa corrida de 10000m em que determinados atletas não pudessem correr os últimos 5000m, privilégio unicamente de uns tantos e por isso seriam no limite os primeiros classificados da segunda metade da classificação final da prova. O princípio da EQUIDADE competitiva revela que TODOS À PARTIDA DEVEM ASPIRAR ÀS MESMAS POSSIBILIDADES DE PODEREM SER PRIMEIROS.
5- Em face do exposto, não entendo a formação dos grupos nos moldes competitivos em que se encontram no momento ou seja um grupo dos campeões (A) e os outros (BeC) os dos figurantes.
6- Não sendo possível, por motivos óbvios, estudar e aplicar um novo quadro competitivo , que proponho desde já ser estudado para a próxima época, venho por este meio propor uma pequena adenda que a ser aprovada entraria já este ano em vigor e reporia alguma equidade na competição.
7- Assim sendo, proponho após esta fase a realização de uma Final a 4 (F4) com os clubes a serem apurados de uma das seguintes formas:
Hipótese A
- 1º e 2º class. Grupo A
- 1º class. Grupo B
- 1º class. Grupo C
Hipótese B
- 1º,2º e 3º class. Grupo A
- vencedor jogo a duas mãos entre 1ºclass. Grupo B e 1º class Grupo C
Hipótese C
- 1º e 2º class. Grupo A
- vencedor preliminar 3º Grupo A e 1º Grupo C
- vencedor preliminar 4º Grupo A e 1º Grupo B
Certo que Vª Exª será sensível a esta exposição, pediria que colocasse esta proposta à consideração dos demais clubes envolvidos na competição, e os auscultasse, visando repor, assim, um principio básico que deve nortear sempre a Formação dos nossos jovens, o princípio da equidade e da igualdade de oportunidades.
Resposta de Paulo Neta
Caro Jorge Gama
Na sequência da conversa telefónica que tivemos na última semana, pude dar-te a minha opinião sobre os moldes como se processam os Campeonatos Distritais da 2ª Divisão dos vários escalões, entre outras coisas.
Reconheço a validade dos argumentos que apresentas pese embora existirem outros argumentos, não menos válidos, que limitam e podem até mesmo contrariar a teoria da equidade. Por exemplo, dar a oportunidade a todos vai aumentar a probabilidade de se darem resultados muito desnivelados, realidade que não motiva nem vencedores nem vencidos. O actual ordenamento que tu criticas já tem anos na ABP, foi inclusivamente concebido e fundamentado antes ainda de ser eu o responsável por ele e a verdade é que não tem sido posto em causa, no sitio em local próprio para o efeito, motivo que não invalidade pensar-se em alterar.
No entanto entendo que este modelo, assim como todos, deve ser merecedor de reflexão e desde já renovo o meu convite (a todos e a ti também) a estudares uma proposta a apresentar nos Fóruns de Discussão dos Quadros Competitivos que pretendo realizar novamente em Maio próximo.
Neste momento e atendendo ao adiantado da época não sou sensivel a alterar "as regras do jogo quando ele já se iniciou".
Paulo Neta
Director Técnico
Associação de Basquetebol do Porto
Rua António Pinto Machado, 60 - 1º
4150-068 PORTO - PORTUGAL
Quando se colecciona um conjunto de corações,mentes e talentos brilhantes - só podemos esperar o nascimento de uma obra prima.
Força, Força Régio...
treinador da Equipa "B" (Sub-15) do Clube Desportivo da Póvoa-vem por este meio, junto de Vª Exª e dos demais Clubes envolvidos no Campeonato Distrital da 2ª Divisão, expor o seguinte:
1- Iniciei esta época, não um percurso, mas o inicio formativo como treinador na Vª Associação, através do honroso convite endereçado pelo C.D.P.como treinador da sua equipa "B" Cadetes Masculinos.
2- Foi-me consignado pelo Clube um "OBJECTIVO" e uma "TAREFA" ou seja aumentar capacidades e competências dos atletas mais jovens do escalão e disputar o Campeonato Distrital da 2ª Divisão.
3- Os meus 30 anos ao serviço do Basquetebol ( jogador, árbitro,dirigente,treinador...)e o facto de ser pai de um atleta à cerca de 15 anos praticante de outra modalidade,sinto-me com capacidade para fazer uma análise livre e isenta do modelo competitivo do Campeonato Distrital da 2ª Divisão.
4-Em face dos três pontos anteriores,cumpre-me constatar que tal competição se encontra gravemente ferida de um principio fundamental na formação de jovens ( e não só).Refiro-me à EQUIDADE competitiva ou seja à igualdade de oportunidade à partida independentemente da proveniência.Em concreto, não consigo entender porque razão numa competição neste momento a 18 equipas só 6 delas podem aspirar à partida à ilusão de serem campeãs ( como diz o poeta ... " o sonho comanda a vida...").Por analogia questiono que pensaria Vª Exª, se assistisse a uma competição por exemplo de ténis de mesa em que determinado grupo de atletas, só pudessem aspirar a disputar até os quarto de final ou se só pudessem competir do 8º lugar para baixo na classificação, ou então numa corrida de 10000m em que determinados atletas não pudessem correr os últimos 5000m, privilégio unicamente de uns tantos e por isso seriam no limite os primeiros classificados da segunda metade da classificação final da prova. O princípio da EQUIDADE competitiva revela que TODOS À PARTIDA DEVEM ASPIRAR ÀS MESMAS POSSIBILIDADES DE PODEREM SER PRIMEIROS.
5- Em face do exposto, não entendo a formação dos grupos nos moldes competitivos em que se encontram no momento ou seja um grupo dos campeões (A) e os outros (BeC) os dos figurantes.
6- Não sendo possível, por motivos óbvios, estudar e aplicar um novo quadro competitivo , que proponho desde já ser estudado para a próxima época, venho por este meio propor uma pequena adenda que a ser aprovada entraria já este ano em vigor e reporia alguma equidade na competição.
7- Assim sendo, proponho após esta fase a realização de uma Final a 4 (F4) com os clubes a serem apurados de uma das seguintes formas:
Hipótese A
- 1º e 2º class. Grupo A
- 1º class. Grupo B
- 1º class. Grupo C
Hipótese B
- 1º,2º e 3º class. Grupo A
- vencedor jogo a duas mãos entre 1ºclass. Grupo B e 1º class Grupo C
Hipótese C
- 1º e 2º class. Grupo A
- vencedor preliminar 3º Grupo A e 1º Grupo C
- vencedor preliminar 4º Grupo A e 1º Grupo B
Certo que Vª Exª será sensível a esta exposição, pediria que colocasse esta proposta à consideração dos demais clubes envolvidos na competição, e os auscultasse, visando repor, assim, um principio básico que deve nortear sempre a Formação dos nossos jovens, o princípio da equidade e da igualdade de oportunidades.
Resposta de Paulo Neta
Caro Jorge Gama
Na sequência da conversa telefónica que tivemos na última semana, pude dar-te a minha opinião sobre os moldes como se processam os Campeonatos Distritais da 2ª Divisão dos vários escalões, entre outras coisas.
Reconheço a validade dos argumentos que apresentas pese embora existirem outros argumentos, não menos válidos, que limitam e podem até mesmo contrariar a teoria da equidade. Por exemplo, dar a oportunidade a todos vai aumentar a probabilidade de se darem resultados muito desnivelados, realidade que não motiva nem vencedores nem vencidos. O actual ordenamento que tu criticas já tem anos na ABP, foi inclusivamente concebido e fundamentado antes ainda de ser eu o responsável por ele e a verdade é que não tem sido posto em causa, no sitio em local próprio para o efeito, motivo que não invalidade pensar-se em alterar.
No entanto entendo que este modelo, assim como todos, deve ser merecedor de reflexão e desde já renovo o meu convite (a todos e a ti também) a estudares uma proposta a apresentar nos Fóruns de Discussão dos Quadros Competitivos que pretendo realizar novamente em Maio próximo.
Neste momento e atendendo ao adiantado da época não sou sensivel a alterar "as regras do jogo quando ele já se iniciou".
Paulo Neta
Director Técnico
Associação de Basquetebol do Porto
Rua António Pinto Machado, 60 - 1º
4150-068 PORTO - PORTUGAL
Quando se colecciona um conjunto de corações,mentes e talentos brilhantes - só podemos esperar o nascimento de uma obra prima.
Força, Força Régio...
